segunda-feira, 13 de junho de 2016

ATENTADO NA BOATE GAY

                               
Muhammad Musri, representante da Sociedade Islâmica da Flórida Central, disse acreditar que o agressor não estava ligado a uma rede ou teve ajuda de outras pessoas. As autoridades tentam reunir informações sobre o suspeito e sobre como ele obteve as armas, que são semelhantes às utilizadas em outros massacres nos Estados Unidos.

O tiroteio no clube Pulse começou perto das 2 horas da madrugada (3 horas em Brasília), quando havia cerca de 300 pessoas no interior do recinto boate pulse. O atirador, segundo a polícia, usou uma pistola curta e um rifle de assalto. Primeiro atacou um vigilante fora do clube e, uma vez dentro, abriu fogo.

Nada pareceu inusual no início, mas, em seguida, o caos se instalou. Inicialmente muitos presentes acreditaram que o ruído de tiros eram fogos de artifício ou que faziam parte da dance music que estava tocando. Pouco depois, descobriu-se o que realmente estava acontecendo: algumas pessoas conseguiram escapar, mas outras ficaram presas dentro do recinto.

O atacante reteve durante três horas um grupo de pessoas, até que as forças especiais da polícia, usando um veículo blindado e explosões controladas, conseguiram entrar na discoteca e abateram o atirador. A polícia acredita que, graças a essa intervenção, salvou cerca de 30 vidas.

“As pessoas que estavam na pista de dança e no bar se jogaram no chão e alguns de nós que estávamos perto do bar e da saída conseguimos sair para a parte externa e simplesmente corremos”, escreveu Ricardo J. Negron, um dos presentes, na página do Facebook do clube.

O Pulse, que se declara o epicentro da festa latina de Orlando, realizava no sábado sua noite semanal de música latina com a participação de três DJs.

Cenário surrealista

O cenário era surrealista em torno da casa noturna. Muitas pessoas ensanguentadas e em pânico se refugiaram num posto de gasolina e num restaurante fast food localizado ao lado do clube, como contou no domingo uma das trabalhadoras, que ainda estava digerindo o que aconteceu.

O atentado de Orlando é o ataque a tiros múltiplo número 173 registrado neste ano nos EUA, de acordo com dados recolhidos pelo portal Mass Shooting Tracker. Como ataque a tiros múltiplo se entende o que causa pelo menos quatro vítimas mortais, excluindo o atirador.

Os piores massacres, até agora, eram o de 2007 na Universidade Virginia Tech (Virginia), em que 32 pessoas morreram, e o que teve lugar em 2012 em uma escola primária em Newtown (Connecticut), no qual morreu um total de 20 crianças e 6 adultos.

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