segunda-feira, 13 de junho de 2016

PIOR MASSACRE NOS EUA DESDE O 11 DE SETEMBRO

Atentado em Orlando

Fontes da investigação citadas por vários meios de comunicação dos Estados Unidos apontam que o atirador teria telefonado para o número 911 pouco antes do massacre para declarar sua lealdade ao Estado Islâmico (ISIS, na sigla em inglês). Horas depois do ataque, o grupo assumiu a autoria do mesmo em um boletim emitido pela agência de notícias Amaq. Os investigadores apontaram que, neste momento, não há nenhum indício de que a organização terrorista tenha treinado ou dirigido o atirador.

O pai do atacante, Mir Siddique, disse à NBC que não acredita que o ataque feito pelo filho se deva a razões religiosas, mas sim a motivos homofóbicos. “Não tem nada a ver com religião”, disse Siddique, que afirmou que o filho ficou furioso há dois meses quando, durante uma visita a Miami, viu dois homens se beijando.

O massacre no clube Pulse, numa avenida grande e tranquila perto do centro dessa cidade turística, volta a colocar os EUA diante do pânico do jihadismo e da violência armada. E influenciará a eleição presidencial de novembro e os sete meses restantes do mandato de Barack Obama.

Caso se confirme a motivação jihadista, seria o pior ataque desde os atentados de 11 de setembro de 2001, quando cerca de 3.000 pessoas morreram. O massacre acontece seis meses depois que um casal de simpatizantes do islamismo radical matou 14 pessoas em San Bernardino (Califórnia). Ambos se declararam seguidores do ISIS, que incentiva os ataques individuais.

A origem afegã do atirador incomodará profundamente nos EUA: desde 2001 a primeira potência mundial realiza uma custosa intervenção militar contra o Talibã no país da Ásia Central, que é a mais longa guerra travada por Washington.

Segundo o The Washington Post, citando fontes oficiais, o atirador não só manifestou sua adesão ao líder do ISIS no telefonema ao 911, como também fez referência aos atentados de 2013 na maratona de Boston realizados por dois simpatizantes jihadistas em que morreram três pessoas.

O agente especial do FBI Ronald Hopper se recusou, numa entrevista coletiva, a identificar o autor do massacre e disse que ainda não foi determinado se é um crime de ódio, um ato terrorista ou criminoso. No entanto, algumas horas antes ele havia dito ter “sugestões” de que o atirador poderia ter simpatias com o islamismo radical.


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